Os gregos eram verdadeiramente sábios. E por isso, souberam separar para um só deus – Apolo – a medicina e a música. Zeus sabia mais do que ninguém que deveria colocar essas duas artes sob o domínio do mesmo guardião.
Então, não foi à toa que o filósofo Francis Bacon exaltou essa perfeita associação – medicina e música : “Os poetas fizeram bem unindo a Medicina e a música em Apolo; porque o ofício da medicina nada mais é que afinar a curiosa harpa do corpo humano e levar harmonia”.
Esculápio, filho de Apolo, quando herdou do seu pai o dom de ser deus da medicina e cirurgia, continuou a manter a tradição e, assim, tratava toda e qualquer doença com os sons de sua lira. Portanto, são incontáveis as associações de medicina e música na literatura.
Na sua Odisséia, Homero contou que Ulisses, ao ser ferido no joelho, sarou a própria ferida com o entoar de trovas. Já o rei Saul acalmou a sua ansiedade pela harpa de Davi. Orfeu, quando desceu ao inferno para buscar sua amada Eurídice, trouxe as lágrimas aos espíritos, através do som comovente de sua lira. E conseguiu ainda fazer com que Tânatos, mesmo sedento, parasse de buscar água e que Sísifo deixasse a inútil tarefa de rolar uma pedra até um topo. (Souza NA: “As duas faces de Apolo”; 2000).
A arte, portanto, sempre agiu em favor da vida. Assim, nada é mais verdadeiro do que as famosas frases de Nietzsche: “A arte existe para que a verdade não nos destrua”; “Somente a partir do espírito da música entendemos a alegria diante do aniquilamento do indivíduo”; “Só a musica transmite a certeza de que existe prazer superior para além do mundo dos fenômenos”.
Inúmeros são os trabalhos envolvendo a terapia da música no alívio do sofrimento humano. Pesquisa interessante realizada, em 1984, pelo japonês, Dr. Masuru Emoto, denominada de “Mensagem das águas”, colocou a molécula da água sob a influência de diversos sons, dentre os quais músicas de Bach e Chopin, e evidenciou uma nítida harmonia nos cristais da água. É sabido que o corpo humano tem na sua constituição 70% de água, dessa forma, pode esta aí uma das explicações para o efeito benéfico da música.
Texto de Franscisco Pinto Júnior
Então, não foi à toa que o filósofo Francis Bacon exaltou essa perfeita associação – medicina e música : “Os poetas fizeram bem unindo a Medicina e a música em Apolo; porque o ofício da medicina nada mais é que afinar a curiosa harpa do corpo humano e levar harmonia”.
Esculápio, filho de Apolo, quando herdou do seu pai o dom de ser deus da medicina e cirurgia, continuou a manter a tradição e, assim, tratava toda e qualquer doença com os sons de sua lira. Portanto, são incontáveis as associações de medicina e música na literatura.
Na sua Odisséia, Homero contou que Ulisses, ao ser ferido no joelho, sarou a própria ferida com o entoar de trovas. Já o rei Saul acalmou a sua ansiedade pela harpa de Davi. Orfeu, quando desceu ao inferno para buscar sua amada Eurídice, trouxe as lágrimas aos espíritos, através do som comovente de sua lira. E conseguiu ainda fazer com que Tânatos, mesmo sedento, parasse de buscar água e que Sísifo deixasse a inútil tarefa de rolar uma pedra até um topo. (Souza NA: “As duas faces de Apolo”; 2000).
A arte, portanto, sempre agiu em favor da vida. Assim, nada é mais verdadeiro do que as famosas frases de Nietzsche: “A arte existe para que a verdade não nos destrua”; “Somente a partir do espírito da música entendemos a alegria diante do aniquilamento do indivíduo”; “Só a musica transmite a certeza de que existe prazer superior para além do mundo dos fenômenos”.
Inúmeros são os trabalhos envolvendo a terapia da música no alívio do sofrimento humano. Pesquisa interessante realizada, em 1984, pelo japonês, Dr. Masuru Emoto, denominada de “Mensagem das águas”, colocou a molécula da água sob a influência de diversos sons, dentre os quais músicas de Bach e Chopin, e evidenciou uma nítida harmonia nos cristais da água. É sabido que o corpo humano tem na sua constituição 70% de água, dessa forma, pode esta aí uma das explicações para o efeito benéfico da música.
Texto de Franscisco Pinto Júnior