Hoje, dia 21 de Julho foi publicada a entrevista realizada pelo Marco Sousa, responsável pelas notícias da Diáspora no Jornal da Madeira.
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Hoje, dia 21 de Julho foi publicada a entrevista realizada pelo Marco Sousa, responsável pelas notícias da Diáspora no Jornal da Madeira.
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Artigo de opinião publicado a 10 de julho de 2020 no Jornal da Madeira sobre: A Terapia da Natureza
A terapia da natureza (“Forest Therapy”) descreve um grupo alargado de técnicas que visam melhorar o estado físico e mental dos indivíduos, através do contacto direto com a Natureza e espaços exteriores. Na Pérsia Antiga, há 2500 anos, o Imperador Ciro, o Grande, mandou plantar um jardim no meio da primeira capital da Pérsia, Pasárgada, alegando que o ar puro seria benéfico ao corpo e à mente. Mais tarde, no século XVI, o médico Paracelso escreveu que “a arte da cura vem da natureza e não do médico”, reconhecendo, desta forma, propriedades terapêuticas no meio ambiente.
Mais recentemente, nos anos 80, o Japão foi confrontado com 10 mil vítimas anuais por “Karoshi” (morte causada por excesso de trabalho). Aproveitando os 4828 km de floresta, que representam dois terços da extensão deste país, o governo implementou um programa nacional de saúde em medicina florestal, liderado pelo Dr. Quing Li, que encorajava os japoneses a saírem de casa e a experimentar a imersão na Natureza. Foi assim que surgiu esta técnica de “banho de floresta”, também denominada de “shinrin-yoku”. Esta terapia começou, desde logo, também a ser estudada cientificamente, comprovando-se os seus benefícios.
Os estudos demonstraram que a observação da natureza durante 20 minutos é capaz de reduzir os níveis de cortisol (hormona associada ao stress) em 13,4 %. Para além da diminuição dos níveis de stress, da pressão arterial, da frequência cardíaca (o que favorece a prevenção das doenças cardiovasculares), são referidas melhorias na qualidade do sono, no desempenho cognitivo (concentração, criatividade), no humor e o fortalecimento do sistema imunitário (3 dias na floresta, causa um aumento de 50% na produção de células com funções imunológicas, e os seus efeitos podem durar um mês). Os estudos mostraram que os odores/substâncias químicas (fitocidas) que são segregadas pelas árvores têm propriedades terapêuticas, sendo os pinheiros, a espécie com maior potencial medicinal. As neurociências também validaram estas evidências. Mostraram que os cérebros de voluntários que contemplavam paisagens naturais ativavam áreas associadas à empatia e ao altruísmo (córtex do cíngulo anterior e insula) e que os cérebros dos voluntários que contemplavam paisagens urbanas ativavam a área associada ao medo e ansiedade (amígdala). Até ao momento, já foram realizados mais de 1000 estudos científicos nesta área.
A Associação de Terapia Natural e Florestal dos Estados Unidos já certificou vários profissionais de saúde para serem guias de terapia florestal. No geral, os médicos oncologistas são os que mais recomendam esta prescrição. Na Finlândia, é o próprio governo que sugere um mínimo de 5 horas por mês na natureza, como forma de prevenir o alcoolismo, a depressão, e o suicídio. Outras modalidades da terapia da natureza incluem: a jardinagem terapêutica, a terapia com horticultura, a terapia dos oceanos, a terapia assistida por animais e a ecoterapia.
Em conclusão, a terapia da natureza é uma prática promissora que contribui para uma melhor saúde física e mental, apenas aumentando o nosso contacto com a natureza. Se está na Madeira, aprecie as belezas naturais e as vistas fabulosas sobre o oceano. A Madeira cura a cada inspiração!
Dia 1 de Julho foi Dia da Madeira, e também Dia do Canadá. Como Canadiana fui convidada a participar (remotamente) no programa da Stella Jurgen, Stella´s studio, da Camoes TV (Channel 659 e 672) . Aproveitei a oportunidade para mostrar às audiências no Canadá, imagens da Madeira ao som da minha canção "Madeira, that night". Não está perfeito, mas mais vale feito que perfeito! Obrigada ao meu pai Arnaldo Freitas por ter ido comigo recolher imagens da Madeira, e à Stella Jurgen pelo convite! Aqui está o excerto da minha participação no programa:
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